Beijing, 11 set (Xinhua) -- A marca norte-americana de sanduíches Subway celebrou recentemente a abertura de sua milésima loja no mercado chinês em Shanghai, cidade no leste da China. A marca prevê abrir mais 300 lojas até o final deste ano e atingir 4 mil unidades no país nos próximos 20 anos.
Zhu Fuqiang, CEO da Subway China, afirmou que as novas lojas já alcançam rentabilidade desde o primeiro ano de operação, enquanto as vendas no primeiro semestre de 2024 registraram um crescimento anual de mais de 30%.
Este ímpeto de crescimento robusto não é um caso isolado, mas uma tendência setorial. Conforme um relatório do Instituto de Pesquisa da Indústria Hongcan, até março de 2025, o número de estabelecimentos de fast-food ocidental na China atingiu 325 mil, um aumento anual de 6,6%.
A Yum China, controladora das redes KFC e Pizza Hut, constitui um exemplo emblemático. No segundo trimestre deste ano, a Yum China registrou um aumento de 14% nos lucros operacionais na base anual, impulsionada por inovações digitais, expansão agressiva e um programa de fidelização com cerca de 560 milhões de membros. Até o final do período, a empresa registrou uma expansão líquida de 336 novas lojas, totalizando aproximadamente 17 mil unidades no país.
A McDonald's também tem tido um desempenho marcante no mercado chinês. No primeiro semestre de 2025, a empresa abriu 407 novos restaurantes e avançou firmemente no seu plano de longo prazo para atingir 10 mil locais até 2028.
Por sua vez, a Restaurant Brands International, empresa-mãe da Burger King, destacou os progressos de sua operação chinesa no segundo trimestre de 2025, com as vendas comparáveis em lojas similares tornando-se positivas e a economia por unidade melhorando sequencialmente.
Roolee Lu, diretora de Food & Drink da Mintel China, analisou que, num contexto de crescimento moderado do consumo alimentar geral, a resiliência do fast-food ocidental se deve aos seus "sistemas operacionais padronizados e maduros, posicionamento preço-valor preciso e menus incessantemente renovados".
No entanto, a comida ocidental enfrenta uma concorrência crescente. No contexto do aumento das tendências gastronómicas "China-chic", os jovens entre 18 e 24 anos estão se afastando da oferta ocidental, afirmou Lu. No estudo de fast-food de 2023 da Mintel, a preferência deste grupo pela comida ocidental caiu para patamares equivalentes ou até inferiores aos da culinária chinesa. Os mesmos dados demográficos mostram uma maior probabilidade dos usuários de se tornarem consumidores ultra-frequentes do fast-food chinês.

