Foto aérea de drone em 4 de setembro de 2025 mostra vista interna do Estádio Olímpico Marechal Idriss Deby Itno, construído pela China, em N'Djamena, Chade. (Shaanxi Construction Engineering Group Corporation Ltd./Divulgação via Xinhua)
Por Arison Tamfu e Arnaud Mbaigolmem
N'djamena, 6 set (Xinhua) -- Era uma manhã de quinta-feira ensolarada e brilhante no Chade, um dia que prometia mais do que apenas futebol, marcou o início de uma era para os esportes do país. Após anos de expectativa, o reluzente Estádio Olímpico Marechal Idriss Deby Itno abriu suas portas, oferecendo uma nova e deslumbrante casa para o futebol chadiano.
Mais de cinco anos após uma equipe de engenheiros chineses pisar pela primeira vez no país centro-africano, a arena com capacidade para 30.000 pessoas agora se ergue sobre Mandjafa, em N'Djamena, capital do Chade. Como o maior estádio do país, sediou sua partida inaugural pelas eliminatórias da Copa do Mundo entre Chade e Gana.
Para comemorar essa estreia histórica, o presidente Mahamat Idriss Deby Itno generosamente cobriu todos os custos dos ingressos, lotando as novas arquibancadas reluzentes. Horas antes do início da partida, multidões lotaram o estádio futurista, com a empolgação palpável por finalmente presenciarem a estreia de seu país no futebol.
Entre elas estava Madjiadjim Yamara, que ficou impressionado com o espetáculo. "É muito lindo. Parece um sonho", disse ele. "Aplaudo a China por este presente. Agora os jovens podem se unir e nosso futebol progredirá".
Para Mahamat Alamine Abakar, ex-técnico da seleção do Chade, o momento foi profundamente pessoal.
"Estamos sediando nossa primeira partida em casa. É um sonho que virou realidade", disse ele. "Quando eu era técnico, joguei quatro partidas fora do Chade, e isso teve um impacto negativo. Hoje, graças à China, temos um estádio que outros países podem usar".
Quando o apito do árbitro marcou o início, o rugido da torcida foi ensurdecedor.
Os Estrelas Negras de Gana marcaram aos 17 minutos, quando o capitão Jordan Ayew finalizou após uma excelente corrida e cruzamento, mas o Chade reagiu e, aos 89 minutos, Celestin Ecua marcou um gol de empate dramático. Embora o Chade já estivesse fora das eliminatórias, o empate por 1 a 1 foi como uma vitória para a torcida animada.
O técnico Raoul Savoy reconheceu a importância da ocasião além do placar. "Com um novo estádio, para um jogador, a pressão de jogar em casa, em N'Djamena, aumenta", disse ele. "O público virá porque não vê os Les Sao (jogar em casa) há muito tempo e também virá pela curiosidade de ver as Estrelas Negras de Gana".
Para muitos, a noite foi a primeira experiência futebolística dentro de um estádio.
O taxista Ahmed Harouna, que nunca havia assistido a uma partida presencialmente, descreveu a noite como inesquecível. "Tudo era diferente e lindo para mim, a estrutura, o barulho, as estrelas do futebol que eu só tinha visto na TV, tudo", disse ele. "Para muitos de nós, foi a primeira vez que fomos a um estádio para assistir a uma partida internacional. Este estádio é realmente uma bênção".
Nos bastidores, uma equipe de manutenção chinesa do Shaanxi Construction Engineering Group garantiu que tudo, desde a iluminação até o sistema de som, funcionasse perfeitamente.
Tang Xianfeng, que trabalhou no projeto desde a concepção até a conclusão, disse que a noite foi um marco pessoal.
"Ao ver nossos irmãos e irmãs chadianos torcendo nas arquibancadas, os jogadores correndo livremente no gramado e a bola batendo no fundo da rede, sentimos que nossos anos de trabalho árduo não foram em vão", disse Tang. "Para nós, a partida foi perfeita, e a estreia do estádio foi excelente".
As autoridades chadianas esperam que o estádio um dia sedie a Copa Africana de Nações, elevando a presença do país no cenário continental. Em sua inauguração em maio, o presidente chadiano elogiou o projeto como uma prova da relação amigável entre o Chade e a China.
"Este estádio olímpico é o fruto tangível da cooperação ativa entre a República do Chade e a República Popular da China. É também o resultado de uma parceria baseada em interesse e respeito mútuos, além de uma visão compartilhada", disse ele.
Wang Xining, embaixador da China no Chade, descreveu o estádio como um símbolo da amizade duradoura entre os dois países e espera que ele ajude o Chade a brilhar no cenário esportivo internacional.
"Estamos convencidos de que o Chade terá um futuro promissor. A China pretende avançar de mãos dadas com o país e fortalecer nossa cooperação com a comunidade internacional, em que todos ganham, para ajudar o Chade a realizar seu sonho e, juntos, construir um futuro mais brilhante", disse o diplomata.
Para torcedores como Harouna, no entanto, o significado foi simples e imediato. "Quinta-feira será lembrada como o dia em que o tão esperado estádio do Chade finalmente se tornou realidade", disse ele.

Pessoas assistem a uma partida de futebol pelas eliminatórias da Copa do Mundo entre Chade e Gana no Estádio Marechal Idriss Deby Itno, construído pela China, em N'Djamena, Chade, 4 de setembro de 2025. (Shaanxi Construction Engineering Group Corporation Ltd./Divulgação via Xinhua)

Pessoas assistem a uma partida de futebol pelas eliminatórias da Copa do Mundo entre Chade e Gana no Estádio Olímpico Marechal Idriss Deby Itno, construído pela China, em N'Djamena, Chade, 4 de setembro de 2025. (Shaanxi Construction Engineering Group Corporation Ltd./Divulgação via Xinhua)

Foto aérea de drone em 4 de setembro de 2025 mostra vista externa do Estádio Olímpico Marechal Idriss Deby Itno, construído pela China, em N'Djamena, Chade. (Shaanxi Construction Engineering Group Corporation Ltd./Divulgação via Xinhua)