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China refuta declarações de autoridade da UE sobre comemorações do Dia da Vitória

5 de setembro de 20253 min de leitura

Beijing, 5 set (Xinhua) -- Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China afirmou na quinta-feira que as declarações de uma autoridade da União Europeia (UE) estão repletas de preconceito ideológico, carecem de bom senso histórico básico e incitam flagrantemente a rivalidade e a confrontação.

O porta-voz Guo Jiakun fez as observações em uma coletiva de imprensa regular ao comentar as declarações de Kaja Kallas, Alta Representante da Comissão Europeia para Assuntos Estrangeiros e Política de Segurança. A última havia dito que a China se posicionar ao lado da Rússia, do Irã e da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) durante a comemoração não é apenas uma postura antiocidental, mas também um desafio direto ao sistema internacional baseado em regras.

"É uma falta de respeito pela história da Segunda Guerra Mundial e prejudica os próprios interesses da UE. É extremamente errado e irresponsável. A China se opõe firmemente e condena isso", disse Guo.

Guo destacou que a Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa constitui uma parte importante da Guerra Antifascista Mundial.

Há 80 anos, com enormes sacrifícios nacionais, o povo chinês fez grandes contribuições para salvar a civilização da humanidade e defender a paz mundial. Naquele tempo, amigos da Rússia, dos Estados Unidos e de alguns países europeus ofereceram preciosa assistência e apoio ao povo chinês em sua resistência contra a agressão, disse Guo.

"Somente lembrando a história poderemos realmente defender a paz", disse Guo, acrescentando que a China sediou os eventos comemorativos do 80º aniversário da vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e da Guerra Antifascista Mundial com o objetivo de recordar a história, homenagear os heróis caídos, valorizar a paz e criar um futuro melhor, bem como defender em conjunto os frutos da vitória da Segunda Guerra Mundial e da ordem internacional do pós-guerra, com todos os países amantes da paz do mundo.

Segundo o porta-voz, 26 chefes de Estado e de governo estrangeiros, mais de 20 representantes de alto nível de governos estrangeiros e chefes de organizações internacionais, além de mais de 100 enviados diplomáticos de outros países, incluindo 19 países europeus, participaram dos eventos.

"Temos a participação de cinco continentes. A participação é altamente representativa. Isso mostra precisamente que a comunidade internacional reconhece amplamente a contribuição histórica da guerra de resistência da China e seu significado mundial, bem como a aspiração e determinação comuns de salvaguardar a paz e a estabilidade mundiais", disse Guo.

Observando que, no atual cenário internacional volátil e turbulento, o mundo precisa mais do que nunca de solidariedade e cooperação, Guo disse que a Europa, onde a Segunda Guerra Mundial começou, deveria ter uma compreensão muito mais profunda das lições da história e da importância da unidade. No entanto, alguns líderes da UE têm insistido em uma mentalidade de Guerra Fria e em forte preconceito ideológico, criando deliberadamente divisão e confrontação. Isso não serve aos interesses da própria UE e prejudicará ainda mais sua reputação e influência no mundo.

"Esperamos que alguns na UE abandonem seu preconceito e arrogância, estabeleçam uma perspectiva histórica correta sobre a Segunda Guerra Mundial e uma percepção racional sobre a China, corrijam imediatamente as declarações equivocadas, revertam a influência negativa e contribuam mais para um mundo pacífico e estável e para relações China-UE sólidas, e não o contrário", afirmou Guo.