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Chanceler chinês pede que China e Alemanha assumam responsabilidades como grandes países para estrutura de políticas bilaterais mais estável

9 de dezembro de 20253 min de leitura
Chanceler chinês pede que China e Alemanha assumam responsabilidades como grandes países para estrutura de políticas bilaterais mais estável

Beijing, 8 dez (Xinhua) -- China e Alemanha, como grandes países, devem assumir suas responsabilidades, defender o respeito mútuo, transcender as diferenças de sistemas sociais, contextos históricos e culturas e construir um modelo mais maduro de interação positiva e um quadro de políticas bilaterais mais estável, disse na segunda-feira, em Beijing, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.

Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, disse ao ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, que se espera que a Alemanha veja o desenvolvimento da China como uma oportunidade para aprofundar a cooperação e como uma força motriz para benefícios mútuos e resultados ganha-ganha, trabalhando em conjunto para promover o desenvolvimento estável e saudável da parceria estratégica integral China-Alemanha.

Observando que esta é a primeira visita de um ministro das Relações Exteriores alemão à China desde a formação do novo governo da Alemanha -- embora a visita tenha enfrentado reviravoltas -- Wang citou um ditado chinês: "Coisas boas acontecem para quem espera." Ele enfatizou que "o momento não é o essencial; o que realmente importa é o propósito. A visita deve ser para cooperação, não para confrontação; para promover compreensão e confiança mútuas, não para ampliar divergências."

Wang instou ainda a Alemanha a incentivar a União Europeia a retomar a uma política em relação à China que seja racional e pragmática, manter a direção correta da cooperação mutuamente benéfica, resolver diferenças por meio do diálogo e evitar politizar questões econômicas, instrumentalizar questões comerciais ou enfatizar excessivamente as preocupações de segurança na cooperação normal.

Wang ressaltou que o princípio de Uma Só China constitui um importante alicerce político das relações China-Alemanha, e que não há espaço para ambiguidades. Ele observou ainda que, diferentemente da Alemanha, o Japão ainda não realizou uma reflexão completa sobre sua história de agressão nas oito décadas desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Wadephul afirmou que, diante de um cenário global turbulento, a Alemanha e a China precisam assumir responsabilidades especiais, fortalecer a comunicação e a coordenação, e tornar-se parceiros confiáveis e previsíveis um para o outro.

Ele disse que a Alemanha permanece firmemente comprometida com a política de Uma Só China, e que essa posição é inabalável.

Empresas alemãs na China têm plena confiança no mercado chinês e estão dispostas a aprofundar ainda mais sua presença no país, disse Wadephul, acrescentando que a Alemanha apoia a União Europeia e a China a buscar benefícios mútuos e resultados ganha-ganha por meio do diálogo e está pronta para desempenhar um papel construtivo nesse sentido.

Os dois lados também trocaram opiniões sobre a crise na Ucrânia. Wadephul detalhou a posição da Alemanha e expressou esperança de que a China possa exercer sua influência para ajudar a promover um fim antecipado da crise.

Wang reiterou a posição consistente da China, enfatizando que todas as partes devem valorizar o atual ímpeto rumo a uma solução política, trabalhar pelo mesmo objetivo e, por fim, alcançar um acordo de paz justo, duradouro e obrigatório por meio de diálogo e negociações.

A China apoia todos os esforços propícios à paz e continuará desempenhando um papel construtivo nesse sentido, acrescentou Wang.