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(Multimídia) Fábrica de mosquitos modificados para combater a dengue é inaugurada no Brasil

11 de outubro de 20252 min de leitura

A empresa britânica Oxitec, especializada no controle biológico de pragas, inaugurou uma fábrica com grande capacidade de produzir mosquitos modificados, com o objetivo de bloquear a transmissão de doenças como Dengue, Zika e Chikungunha.

A nova instalação, localizada na cidade de Campinas, foi projetada para produzir em larga escala dois tipos de tecnologias: os mosquitos Wolbachia e os da linhagem Aedes do Bem.

A fábrica poderá fornecer até 190 milhões de ovos de mosquito com Wolbachia por semana, uma quantidade que, de acordo com a Oxitec, permitiria proteger até 100 milhões de pessoas por ano.

Natalia Verza Ferreira, diretora da subsidiária brasileira da empresa, disse que com o novo complexo da Oxitec, (eles) estão equipados para responder imediatamente aos planos de expansão de Wolbachia do Ministério da Saúde, garantindo que a tecnologia possa chegar rapidamente às comunidades de todo o país.

Ela também observou que essas tecnologias se mostraram eficazes para reduzir significativamente a transmissão da dengue e eliminar populações do mosquito Aedes aegypti, principal vetor dessas doenças.

Além disso, também estão sendo produzidos exemplares da linha Aedes do Bem com uma capacidade semanal ainda maior, oferecendo assim uma opção de controle biológico para governos, empresas e famílias.

Desde 2022, os mosquitos Aedes do Bem, capazes de reduzir as populações de Aedes aegypti em mais de 95 por cento em áreas urbanas, estão sendo implementados em diversas cidades brasileiras como parte das estratégias para combater a dengue.

Enquanto isso, a tecnologia Wolbachia, que usa uma bactéria presente em muitos insetos para diminuir a capacidade do Aedes aegypti de transmitir doenças, demonstrou reduzir a transmissão da dengue em mais de 75 por cento, de acordo com os resultados de projetos-piloto em grandes áreas urbanas.

Embora essa tecnologia ainda esteja em processo de aprovação pela Anvisa, ela já foi formalmente reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil como parte do Programa Nacional de Controle da Dengue.