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Jovens chineses e estrangeiros revisam história da guerra de resistência contra agressão japonesa

28 de setembro de 20254 min de leitura

Chengdu, 28 set (Xinhua) -- Cerca de 50 estudantes internacionais e professores estrangeiros de 20 países, incluindo Brasil, França e Vietnã, se reuniram recentemente com jovens representantes da Província de Sichuan, no sudoeste da China, para visitar locais de importância histórica relacionados à Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa localizados nas cidades de Chengdu, Zigong e Yibin, embarcando em uma viagem de exploração e diálogo transfronteiriço.

Nas atividades que ocorreram de 17 a 20 de setembro, os jovens chineses e estrangeiros seguiram as pegadas da história, se inspiraram no espírito de resistência e promoveram a compreensão e o aprendizado mútuo por meio de intercâmbios.

Durante a Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa, Sichuan serviu como base de retaguarda com uma grande contribuição de soldados, dinheiro, grãos, materiais e abrigos. A província abrigou quase todas as instituições administrativas nacionais, recebeu dezenas de milhares de refugiados e fez importantes sacrifícios e contribuições para a vitória na frente oriental principal da Guerra Antifascista Mundial.

Esse evento, com o tema "Caminhando Juntos Pela Amizade, Unindo Pela Paz", foi organizado conjuntamente pela Associação Provincial de Amizade do Povo Chinês com o Exterior de Sichuan, pelo Departamento Provincial de Educação de Sichuan, pelo Comitê Provincial da Liga da Juventude Comunista de Sichuan e pelas Associações de Amizade do Povo Chinês com o Exterior de Chengdu, Zigong e Yibin.

Ao longo dos quatro dias, os jovens percorreram as ruas da vila antiga de Lizhuang, no distrito de Cuiping, em Yibin, onde se destaca o famoso lema inscrito em pedra -- A Universidade Tongji se muda para Sichuan e o povo de Lizhuang lhes dá as boas-vindas com a promessa de que todas as necessidades serão atendidas pela localidade. Em tempos de guerra, várias instituições de ensino superior e pesquisa científica, como a Universidade Tongji, e os residentes apoiaram-se mutuamente e superaram as dificuldades juntos, transformando esta "pequena vila que não constava no mapa" num importante centro cultural da época.

O brasileiro Pedro Txai Leal Brancher disse que já tinha ouvido falar de Lizhuang, mas hoje, através das explicações, descobriu que aqui havia muitas universidades e acadêmicos e um ambiente cultural muito rico, com uma importância crucial para a preservação da cultura chinesa.

O professor estrangeiro paquistanês Ali Muhammad, que obteve seu doutorado na Universidade Tongji, tirou uma foto no local histórico da Faculdade de Medicina da Universidade Tongji em Lizhuang, agradecendo ao povo de Sichuan por acolher e ajudar as instituições educacionais que se mudaram durante a guerra.

Diante do Monumento aos Soldados Mortos do Exército Local de Sichuan, no Parque do Povo de Chengdu, os jovens chineses e estrangeiros fizeram um minuto de silêncio para homenagear os heróis mortos.

No Museu Jianchuan, em Chengdu, por meio de objetos reais e imagens, o grupo reviveu a história da frente oriental da Guerra Antifascista Mundial, experimentou de forma imersiva a resistência inabalável da nação chinesa durante a guerra de resistência e compreendeu melhor a firme determinação do povo chinês em defender a paz juntamente com os povos do mundo.

Ao ouvir a narrativa vívida e detalhada de Fan Jianchuan, curador do museu, os estudantes internacionais expressaram que o relato lhes permitiu ter uma compreensão mais completa e profunda da história da guerra de resistência do povo chinês.

Plaire Cassandra Alison, estudante da França, indicou que seus conhecimentos prévios sobre esse período se limitavam aos livros didáticos e que ver esses objetos e documentos históricos em primeira mão lhe permitiu realmente apreciar o quão difícil é alcançar a paz e os imensos sacrifícios que isso acarreta.

"Aprendi que, para alcançar a paz, o povo demonstrou uma coragem incrível e fez enormes sacrifícios. Isso despertou em mim uma profunda tristeza pelos soldados mortos e me encheu de um imenso orgulho por seus feitos heróicos", observou a estudante russa Sofia Smirnova.

Nessa atividade, os jovens de diferentes países não apenas relembraram a história de 80 anos atrás, quando os povos do mundo se uniram para resistir à agressão fascista, mas também se informaram sobre as mudanças e o desenvolvimento da China moderna.

Por sua vez, Nguyen Thi Hong Ly, estudante do Vietnã, afirmou que conhecer a história e o presente despertou sua admiração pelo desenvolvimento da China e expressou sua esperança de trabalhar com os jovens do mundo para construir um futuro melhor para todos.