O secretário-geral da ONU Turismo, Zurab Pololikashvili, discursa na cerimônia de abertura de exposição fotográfica realizada na sede ONU Turismo em Madri, Espanha, em 10 de outubro de 2024. (Foto por Gustavo Valiente/Xinhua)
Em muitos destinos, principalmente na Europa e em toda a Ásia e Pacífico, os turistas chineses sustentam inúmeros pequenos negócios e meios de subsistência. Ao mesmo tempo, com uma cultura rica e infraestrutura de viagens de classe mundial, a própria China está emergindo como um dos principais destinos, disse o chefe da ONU Turismo.
Madri, 30 set (Xinhua) -- Enquanto a China se prepara para o feriado "Golden Week Plus", que começa em 1º de outubro, o secretário-geral da ONU Turismo, Zurab Pololikashvili, destacou o papel do país no mercado global de viagens, além da importância econômica e cultural do turismo.
"O grande número de pessoas se deslocando em tão pouco tempo sempre me impressiona", disse Pololikashvili em recente entrevista por escrito à Xinhua.
A China deve registrar cerca de 2 milhões de travessias diárias de fronteira e aproximadamente 2,36 bilhões de viagens de passageiros em todo o país durante os oito dias do Dia Nacional e da Festa do Meio do Outono.
Polikashvili elogiou as contribuições da China para o turismo doméstico e internacional. "Em muitos destinos, principalmente na Europa e em toda a Ásia e Pacífico, os turistas chineses sustentam inúmeros pequenos negócios e meios de subsistência", disse ele. Ao mesmo tempo, com uma cultura rica e infraestrutura de viagens de classe mundial, a própria China está emergindo como um dos principais destinos.
Destacando a iniciativa "Melhores Aldeias Turísticas" da ONU, ele disse que sete aldeias chinesas foram reconhecidas em 2024, elevando o total do país para 15, o maior número do mundo. Exemplos notáveis incluem Azheke, na província de Yunnan, no sudoeste da China, Shibadong, na província de Hunan, no centro da China, e Yandunjiao, na província de Shandong, no leste da China.

Foto tirada em 17 de dezembro de 2023 mostra vista da aldeia de Yandunjiao, coberta de neve, em Rongcheng, na província de Shandong, no leste da China. (Foto por Li Xinjun/Xinhua)
O programa homenageia destinos rurais que equilibram a recepção de turistas com a proteção de suas tradições culturais, recursos naturais e identidade comunitária que os tornam distintos.
A China tornou-se membro da ONU Turismo (antiga Organização Mundial do Turismo) em 1983. Desde 2021, o chinês é formalmente reconhecido como língua oficial da organização, juntamente com inglês, espanhol, francês, árabe e russo.
"Também tenho orgulho de dizer que a China é um membro importante e muito ativo da ONU Turismo. Ela está ajudando a orientar o desenvolvimento do turismo em toda a região, priorizando a inovação", disse o chefe da ONU Turismo.
Este ano também marca o 50º aniversário da ONU Turismo. Nas últimas cinco décadas, a organização tem trabalhado para garantir que o crescimento do setor seja gerido de forma sustentável e que seus benefícios sejam amplamente compartilhados.
"Quando não podíamos viajar, queríamos conexões humanas, intercâmbios culturais, ver e vivenciar novos lugares. Essa conexão humana está no cerne do turismo", disse Pololikashvili.
Embora tecnologias como a realidade virtual possam expandir o acesso e proteger locais frágeis, as viagens presenciais continuam sendo essenciais para economias e empregos, acrescentou ele.
Olhando para o futuro, ele disse que a ONU Turismo continuará orientando o setor em meio à digitalização, inteligência artificial, desafios climáticos e mudanças nos padrões de viagens.
Com sede em Madri, a ONU Turismo trabalha com 160 Estados-membros e mais de 500 membros afiliados para promover o turismo como um impulsionador do crescimento econômico, do desenvolvimento inclusivo e da sustentabilidade ambiental.


