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Empresas brasileiras buscam mais oportunidades de cooperação com a China

5 de setembro de 20254 min de leitura

Guangzhou, 5 set (Xinhua) -- A Conferência de Promoção de Investimentos no Brasil 2025 foi realizada na quinta-feira em Guangzhou, na Província de Guangdong, no sul da China. Aproximadamente 200 representantes de associações empresariais e empresas de Guangzhou e do Brasil se reuniram para conectar recursos, discutir cooperação e explorar conjuntamente novas oportunidades para a cooperação econômica e comercial China-Brasil.

As relações sino-brasileiras estão atualmente no melhor momento da história. Os dois lados estabeleceram um relacionamento bilateral pragmático e sólido com base nos interesses nacionais. O Brasil espera sinceramente exportar mais produtos agrícolas para a China e, ao mesmo tempo, está ansioso para atrair mais investimentos chineses no desenvolvimento de tecnologia e infraestrutura, disse Alan Coêlho de Séllos, cônsul-geral do Brasil em Guangzhou.

O cônsul-geral enfatizou a grande importância que o governo brasileiro atribui ao fortalecimento da cooperação com a China. Ele observou que o Brasil tem uma necessidade urgente de construir mais portos, ferrovias e rodovias e, a China, com tecnologia avançada e rica experiência nessas áreas, tem um enorme potencial para a cooperação futura com o Brasil.

Ele também expressou expectativas de expansão da cooperação com empresas chinesas, incluindo as de Guangzhou, em áreas como nova energia, agricultura moderna e inovação tecnológica.

Quanto às direções e perspectivas para a cooperação China-Brasil, Pablo Gimenez Machado, vice-presidente executivo global da Suzano, compartilhou a história de desenvolvimento do grupo na China, bem como sua experiência prática na participação profunda da cooperação China-Brasil.

Como grande produtora mundial de celulose, a Suzano, com sede no Brasil, mantém relações comerciais com a China desde os anos 1980. Nos últimos três anos, o ritmo da cooperação entre os dois lados acelerou significativamente. Em 2023, a Suzano estabeleceu seu primeiro Centro de P&D e Inovação na Ásia, na China.

O Brasil, assim como outros países, tem muito a aprender com a China. "O país asiático possui muitas bases de produção eficientes e altamente competitivas, que fornecem um forte apoio para nossas operações na China e até mesmo globalmente", disse Machado, acrescentando que o ecossistema tecnológico da China é vibrante e seu sistema financeiro também está se desenvolvendo rapidamente.

A China e o Brasil se respeitam, buscam resultados mutuamente benéficos para ambas as partes e têm uma forte complementaridade industrial, de acordo com ele.

Yuri Ribeiro, fundador da empresa Valor da China, conduziu uma análise aprofundada das novas oportunidades no Brasil impulsionadas pelos dois motores "agricultura + comércio eletrônico". Ele ressaltou que o Brasil é a maior fonte de importação da China em produtos agrícolas, como soja, carne bovina e açúcar, e as perspectivas de cooperação entre os dois lados em tecnologia agrícola, bioenergia, fertilizantes químicos e outros campos são amplas.

Tendo trabalhado e vivido na China por mais de uma década, Ribeiro tem um conhecimento profundo sobre mercados chinês e brasileiro. Ele aconselhou que, antes de expandir seus negócios ao Brasil, as empresas chinesas devem compreender totalmente o mercado brasileiro, incluindo os conceitos e hábitos dos consumidores locais, e aprender a se comunicar de forma eficaz com as empresas brasileiras para explorar o mercado de maneira mais direcionada.

O empresário brasileiro Nelson concentrou-se em promover oportunidades para conectar o ecossistema de startups do Brasil ao mercado chinês. Sua empresa Colabtec está sediada na Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e ajudou várias startups brasileiras a se conectarem com recursos chineses para concretizar suas ideias e desenvolver produtos.

Nelson informou que o Brasil tem mais de 18 mil startups ansiosas por um maior desenvolvimento e a China é de fato um destino ideal para ajudá-las a transformar suas inovações em realidade.

Como a maior economia da América Latina e membro importante do BRICS, o Brasil é o maior parceiro comercial da China e um destino fundamental para os investimentos chineses na América Latina. Nos últimos anos, as relações China-Brasil mantiveram um desenvolvimento constante, a cooperação econômica e comercial continuou a melhorar em qualidade e a parceria estratégica abrangente foi ainda mais aprofundada.

Impulsionados pela estrutura de cooperação da Iniciativa Cinturão e Rota, os dois países alcançaram resultados notáveis na cooperação em áreas como agricultura, energia, infraestrutura e economia digital.

Essa conferência de promoção focou no ambiente de investimento, políticas preferenciais e oportunidades industriais do Brasil, fornecendo orientação confiável e uma plataforma de correspondência de recursos para as empresas chinesas investirem no Brasil. 

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