Rio de Janeiro, 13 out (Xinhua) -- A Conferência Internacional "Light na América do Sul" (Conferência LISA 2025) foi aberta na segunda-feira no Rio de Janeiro, Brasil, com a participação de especialistas em óptica e fotônica de 12 países e regiões do mundo.
A Conferência LISA 2025 é coorganizada pelo Instituto de Óptica, Mecânica Fina e Física de Changchun (CIOPM), pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), e patrocinada conjuntamente pela Academia Brasileira de Ciências, pela Academia Chinesa de Ciências e pela Aliança de Organizações Científicas Internacionais (ANSO).
Durante os cinco dias da conferência, os participantes realizarão intercâmbios acadêmicos aprofundados e discutirão maneiras de promover a aplicação da inovação científica e tecnológica.
Além da sessão plenária, a conferência também inclui sessões especiais sobre "Inteligência Artificial e Fotônica", "Biofotônica", "Materiais Ópticos", "Ciência e Tecnologia Quântica", "Conversas a Portas Fechadas sobre Cooperação China-Brasil" e "Apresentações de Pôsteres".
Anderson Gomes, presidente da conferência e membro da Academia Brasileira de Ciências, acredita que esta conferência representa uma oportunidade única de intercâmbio para a academia brasileira.
"Observamos que países em desenvolvimento como o Brasil publicam pouquíssimos artigos acadêmicos, e o intercâmbio acadêmico com outros países é ainda mais limitado. A realização da conferência no Brasil é um estímulo para a comunidade científica brasileira e permitirá que mais estudantes brasileiros realizem pesquisas no futuro", afirmou.
A pesquisadora Bai Yuhong, engenheira-chefe adjunta do Instituto de Óptica, Mecânica Fina e Física de Changchun (CIOPM) e editora executiva da revista Light: Science & Applications (Light), afirmou que a cooperação científica e tecnológica desempenha um papel fundamental, estratégico e de liderança na Iniciativa Cinturão e Rota e constitui um suporte fundamental para seu desenvolvimento conjunto de alta qualidade.
Isabel Carvalho, presidente do comitê do programa da conferência e professora da PUC-Rio , acredita que esta conferência oferece uma plataforma de intercâmbio de alto nível para acadêmicos de óptica da China e da América do Sul.
"É uma oportunidade única para a colaboração em pesquisa científica entre o Sul Global e também permite que os participantes apreciem o potencial de colaboração em ciência e tecnologia entre países em desenvolvimento", observou ela.
Fredrik Laurell, professor do Instituto Real Sueco de Tecnologia (KTH), comentou que conferências semelhantes das quais participou no passado foram realizadas principalmente na Europa ou nos Estados Unidos, mas que a América do Sul também ostenta realizações e talentos excepcionais em determinados campos científicos. "Minha equipe tem um laboratório colaborativo no Brasil. E a China fez rápido progresso em ciência e tecnologia nos últimos anos. Portanto, as conquistas científicas e tecnológicas dos países em desenvolvimento merecem ser reconhecidas, e esta conferência fornece essa plataforma", disse ele.
O professor Daniel Razansky, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH Zurique), compartilhou seus resultados de pesquisa na área de luz e neurociência. Ele observou que os países em desenvolvimento possuem grande talento científico, mas geralmente carecem de financiamento suficiente para pesquisa, e que esta conferência facilita o intercâmbio de pesquisas científicas de ponta entre cientistas locais e seus pares em outros países, permitindo que a ciência sirva ao mundo inteiro.
A cerimônia de abertura da conferência também incluiu a inauguração do "Escritório da Light na América do Sul". Anderson Gomes foi nomeado diretor do escritório, que é o 27º escritório regional estabelecido pela Light em todo o mundo.
Esta conferência é um componente essencial da série internacional de Conferências Light, iniciada pela Light. Desde 2011, a série realizou mais de 30 conferências internacionais na China, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Cingapura, Itália e Brasil, entre outros países, atraindo mais de 10 mil participantes.